quinta-feira, 5 de março de 2009

Apoio a iniciativa da ADESSC

Caro Geraldo e demais colegas,

A convocatória se mostra oportuna e expõe com clareza as
circunstâncias deste ato contra os docentes.
Não posso deixar de manifestar o meu apoio à iniciativa do Sindicato -
ADESSC - que toma mais uma vez a dianteira na defesa dos direitos dos
seus associados e da classe trabalhadora; e de reafirmar a convicção
de que não há ensino superior, seja ele privado ou público, quando as
condições de trabalho dos docentes não permitem um agir autônomo.
O CESUSC mudou, todos sabemos disso - professores, alunos, empregados
(colaboradores) coordenadores, diretor e sócios da mantenedora.
Essa mudança ocorreu em julho do ano passado quando o ex-diretor Nilo
Kaway renunciou ao seu cargo.
Desde então, assistimos um verdadeiro desmonte do projeto que fez
nascer este que pretendia ser um espaço público não-Estatal. Os
projetos e grupos de pesquisa foram extintos, a carga-horária para a
coordenação da revista foi eliminada, a reestruturação da biblioteca
foi suspensa e tentou-se reduzir o salário dos professores com a
mudança do valor e da forma de pagamento das orientações de
monografia.
As mudanças também atingiram os órgãos colegiados, espaço privilegiado
para o debate democrático (ainda que esses órgãos contem com maioria
de membros nomeados pela mantenedora).
No caso do Curso de Direito não houve convocação para discutir as
mudanças em andamento naquela época, muito embora, regimentalmente,
fosse nossa atribuição cuidar das questões didático-pedagógicas. A
primeira reunião do semestre só ocorreu em 23 de outubro. A mudança da
grade curricular se deu sem a devida discussão com os professores e
primou pelo alinhamento com o modelo das "universidades mercantis".
Além disso, nenhuma das demissões e afastamentos foi analisada pelo
órgão, em completo desrespeito pela legislação educacional, bem como
nenhuma ata das reuniões ocorridas no semestre passado foi apresentada
para aprovação dos seus membros e posterior publicação.
Desejo que este seja mais um momento em que os docentes possam se unir
na defesa de propostas que realizem concretamente o livre exercício
sindical, a democracia universitária e a educação crítica.

Um abraço a todos,
Adriano De Bortoli.

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