SEMINÁRIO PUBLICIZAÇÃO DO SISTEMA ACAFE E LUTA DOCENTE
Em atividade paralela ao V Encontro Brasileiro de Educadores Marxistas (EBEM)que se realiza de 11 a 14 de abril, na UFSC, em Florianópolis, educadores realizarão o Seminário sobre A Publicização do Sistema ACAFE e a Luta Docente, no dia 13 de abril, quarta-feira, às 18h30, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC.
A organização é da Associação dos Docentes de Ensino Superior de Santa Catarina – Adessc - e tem por objetivos: discutir a democratização das instituições de ensino superior que formam a Associação Catarinense de Fundações Educacionais – ACAFE - ; a luta pela educação pública e gratuita; a pesquisa criadora; o ensino crítico a serviço do movimento proletário e popular; e a organização sindical dos docentes.
O seminário, aberto a participação de professores e interessados, contará com a participação de Roberto Leher, professor da UFRJ, Geraldo Barbosa, presidente da Adessc, Kawe Campoli, estudante da UNISUL. Ao fim do seminário será realizada a Assembléia Geral da Adessc.Veja mais em adessc.blogspot.com.
PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO PUBLICIZAÇÃO DO SISTEMA ACAFE E LUTA DOCENTE
18h30 – Abertura do Seminário.
19h00 - Palestra do professor Roberto Leher, da UFRJ, sobre “Educação no Capitalismo dependente e a construção de uma alternativa educacional transformadora“.
19h25 – Palestra do professor Geraldo Pereira Barbosa, doutorando em Serviço Social pela UFRJ, sobre “Movimento sindical docente e a luta pela democracia no Sistema ACAFE”.
19h50 – Palestra de Kawe Campoli, estudante de Serviço Social da UNISUL, sobre “A luta pelos direitos estudantis”.
20h15 – Debate com os palestrantes.
21h00 - A Adessc realiza Assembléia Geral dos Docentes, para debater e deliberar sobre: 1- eleição da diretoria, 2 - filiação ao Andes.
Fonte: diretoria da ADESSC
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Apoio a luta pela USJ
Prezados Amigos de São José
Recentemente após nossa luta, alguns dos servidores através do nosso Sindicato, conseguiram avanços salariais, o que é muito interessante. Parabéns ao sindicato pela luta.
Gostaria de lembrar a todos que uma cidade não se faz apenas de salário no bolso, é bem verdade que um dinheirinho sempre é bom, mas não alimenta a alma e nem alimenta um futuro consistente, no máximo paga nossas necessidades imediatas no curto prazo.
Uma cidade e um país se faz com cidadãos críticos, reflexivos sobre as atuais situações que nos cercam, tais como a Economia, a Política, o entendimento das forças Sociais que movimentam a nação.
Lamentavelmente muitos de nossos políticos não desejam que os cidadãos que pagam seus salários saibam Contabilidade, pois se souberem, vão poder fiscalizar adequadamente o que estes políticos fazem com o nosso dinheiro e isso eles não querem que aconteça.
Não desejam que tenhamos bons professores nas salas de aula de nossas escolas, pois assim teremos jovens mais preparados e que vão exigir seus direitos enquanto cidadãos, tais como saúde, habitação, saneamento básico, transporte, segurança, dentre outros.
Não desejam que tenhamos Administradores preparados para atender às necessidades da sociedade, das empresas, pois assim esses políticos desinteressados do povo podem fazer o que quiserem ou até mesmo não fazerem nada, pois não terão profissionais capacitados para cobrar o que fazer e do jeito certo de se fazer.
Lembro a todos que a nossa querida USJ - Centro UNiversitário Municipal de São José CONQUISTOU A NOTA MÁXIMA NO EXAME NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR, SENDO A UNIVERSIDADE CATARINENSE MELHOR COLOCADA, À FRENTA DA UFSC E UDESC.
Ninguém falou nada sobre isso, poucos parabenizaram o grande feito da USJ e dos seus alunos.
A USJ significa A ÚNICA CHANCE QUE OS CIDADÃOS DE SÃO JOSÉ TÊM DE PODER CURSAR CURSOS UNIVERSITÁRIOS DE QUALIDADE E DE GRAÇA, caso contrário vão ter que atravessar a ponte e brigar com alunos do Rio Grande do Sul, do Paraná, de São Paulo e outros tantos estados para poder ter acesso ao ensino público gratuíto e de qualidade.
O Movimento USJ está bem vivo e quer o seu apoio
Estamos formando um ABAIXO ASSINADO ELETRÔNICO e outro EM PAPEL (TRADICIONAL). Já estamos com mais de 4 mil assinaturas e vamos chegar a muito mais com sua ajuda.
Tire xeros do arquivo em anexo e colha assinaturas com sua comunidade (vizinhos, colegas de trabalho, familiares, simpatizantes, etc) e encaminhe para a APUSJ- Associação dos Porfessores da USJ no Colégio Maria Luiza de Melo.
Divulgue o link de apoio abaixo:
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N8140
A USJ é de todos, sua, de sua família, de sus filhos que lá estudam ou dentro em breve estudarão. Proteja, defenda, lute, tenha carinho e respeito pela USJ, ela é a CAMPEÃ CATARINENSE e foi construída por todos nós.
Não deixe que alguns oportunistas de plantão JOGUEM NA LATA DO LIXO O FUTURO DE UMA CIDADE.
Vamos buscar a dignidade que existe em nós e vamos apoiar a ida da USJ para o P´rédio do Colégio de Aplicação na Beiramar, vamos apoiar um Plano de Cargos para os Professores, vamos apoiar um Regimento Interno da USJ que impeça que este patrimônio de São José seja utilizado para fins políticos e particulares, afinal ela é pública, ela é nossa, a USJ É DE SÃO JOSÉ.
Forte Abraço
Associação dos Professores da USJ
Recentemente após nossa luta, alguns dos servidores através do nosso Sindicato, conseguiram avanços salariais, o que é muito interessante. Parabéns ao sindicato pela luta.
Gostaria de lembrar a todos que uma cidade não se faz apenas de salário no bolso, é bem verdade que um dinheirinho sempre é bom, mas não alimenta a alma e nem alimenta um futuro consistente, no máximo paga nossas necessidades imediatas no curto prazo.
Uma cidade e um país se faz com cidadãos críticos, reflexivos sobre as atuais situações que nos cercam, tais como a Economia, a Política, o entendimento das forças Sociais que movimentam a nação.
Lamentavelmente muitos de nossos políticos não desejam que os cidadãos que pagam seus salários saibam Contabilidade, pois se souberem, vão poder fiscalizar adequadamente o que estes políticos fazem com o nosso dinheiro e isso eles não querem que aconteça.
Não desejam que tenhamos bons professores nas salas de aula de nossas escolas, pois assim teremos jovens mais preparados e que vão exigir seus direitos enquanto cidadãos, tais como saúde, habitação, saneamento básico, transporte, segurança, dentre outros.
Não desejam que tenhamos Administradores preparados para atender às necessidades da sociedade, das empresas, pois assim esses políticos desinteressados do povo podem fazer o que quiserem ou até mesmo não fazerem nada, pois não terão profissionais capacitados para cobrar o que fazer e do jeito certo de se fazer.
Lembro a todos que a nossa querida USJ - Centro UNiversitário Municipal de São José CONQUISTOU A NOTA MÁXIMA NO EXAME NACIONAL DE ENSINO SUPERIOR, SENDO A UNIVERSIDADE CATARINENSE MELHOR COLOCADA, À FRENTA DA UFSC E UDESC.
Ninguém falou nada sobre isso, poucos parabenizaram o grande feito da USJ e dos seus alunos.
A USJ significa A ÚNICA CHANCE QUE OS CIDADÃOS DE SÃO JOSÉ TÊM DE PODER CURSAR CURSOS UNIVERSITÁRIOS DE QUALIDADE E DE GRAÇA, caso contrário vão ter que atravessar a ponte e brigar com alunos do Rio Grande do Sul, do Paraná, de São Paulo e outros tantos estados para poder ter acesso ao ensino público gratuíto e de qualidade.
O Movimento USJ está bem vivo e quer o seu apoio
Estamos formando um ABAIXO ASSINADO ELETRÔNICO e outro EM PAPEL (TRADICIONAL). Já estamos com mais de 4 mil assinaturas e vamos chegar a muito mais com sua ajuda.
Tire xeros do arquivo em anexo e colha assinaturas com sua comunidade (vizinhos, colegas de trabalho, familiares, simpatizantes, etc) e encaminhe para a APUSJ- Associação dos Porfessores da USJ no Colégio Maria Luiza de Melo.
Divulgue o link de apoio abaixo:
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N8140
A USJ é de todos, sua, de sua família, de sus filhos que lá estudam ou dentro em breve estudarão. Proteja, defenda, lute, tenha carinho e respeito pela USJ, ela é a CAMPEÃ CATARINENSE e foi construída por todos nós.
Não deixe que alguns oportunistas de plantão JOGUEM NA LATA DO LIXO O FUTURO DE UMA CIDADE.
Vamos buscar a dignidade que existe em nós e vamos apoiar a ida da USJ para o P´rédio do Colégio de Aplicação na Beiramar, vamos apoiar um Plano de Cargos para os Professores, vamos apoiar um Regimento Interno da USJ que impeça que este patrimônio de São José seja utilizado para fins políticos e particulares, afinal ela é pública, ela é nossa, a USJ É DE SÃO JOSÉ.
Forte Abraço
Associação dos Professores da USJ
CARTA DE UBERLANDIA
CARTA DE UBERLÂNDIA
O 30º CONGRESSO do ANDES-SN, tendo como tema “Universidade Pública – Trabalho Acadêmico e Crítica Social”, realizou-se no período de 14 a 20 de fevereiro na cidade de Uberlândia/MG, bela e aprazível representante das tradições mineiras.
A abertura do evento foi marcada pelas emoções da comemoração dos 30 anos do Sindicato, com a presença de representações sindicais e entidades da sociedade civil. Guardando relação com a conjuntura internacional, causou forte impacto, na abertura, a apresentação do relato sobre as lutas pela liberdade, pela democracia e pelos direitos humanos universais dos povos árabes, com especial destaque para a luta dos jovens e dos trabalhadores do Egito.
Os 292 delegados e os 41 observadores, representando os docentes de 61 Seções Sindicais, e 2 convidados, reafirmaram a sua disposição de defesa do Sindicato, estabelecendo como Centralidade da Luta em 2011: Defesa do ANDES-SN como instrumento dos docentes na construção da universidade pública e das condições de trabalho, a partir da intensificação do trabalho de base na categoria, fortalecendo e ampliando a unidade com o movimento classista e autônomo.
Com base nesses eixos centrais, o 30º Congresso do ANDES-SN definiu suas Políticas e o Plano de Lutas para o ano em curso, destacando a construção de uma estratégia de intervenção no processo de elaboração do PNE, em articulação com entidades da educação, tendo como referência o PNE da Sociedade Brasileira, que estabelece 10% do PIB para a educação. Também se posicionou incisivamente contra o “pacote de autonomia” do governo federal e seus congêneres nos Estados, os quais, na contramão da construção da universidade pública, desrespeitam a autonomia universitária, favorecem as fundações privadas ditas de apoio, e adotam práticas que distorcem a função social da universidade e o exercício do magistério, tendo como consequência a precarização do trabalho docente.
O 30º Congresso enfatizou a luta permanente em defesa dos direitos dos aposentados, reafirmando sua posição pela aposentadoria integral e isonomia entre ativos e aposentados e contra a reforma da previdência, que retira direitos, além de favorecer os fundos de pensão, corolário da reforma que só privilegia os grupos econômicos do capitalismo financista. O Congresso indicou ainda a necessidade de organizar a luta para assegurar todos esses direitos quando da transposição da carreira docente.
Tendo em vista o conteúdo da MP 520, que privatiza os hospitais universitários, fere a autonomia das universidades e entrega o atendimento à saúde à sanha de interesses econômicos, o 30º Congresso reiterou a importância de se consolidar o SUS como um sistema de saúde pública de qualidade ao rejeitar veementemente esse instrumento legal pelo qual é criada a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
O 30º Congresso, levando em conta os reduzidos recursos, o viés privatista e os interesses de mercado na área de ciência e tecnologia, deliberou que o ANDES-SN deve envidar esforços para construir, com as entidades científicas, sindicais, movimentos sociais e estudantis, um percentual mínimo do PIB – composto exclusivamente por recursos públicos – a ser aplicado anualmente em ciência e tecnologia e realizar um seminário sobre pesquisa, ciência e tecnologia. Além disso, o Congresso aprovou a organização, em articulação com os setores acadêmicos e sociais envolvidos, de amplo debate acerca dos critérios para aplicação das agências federais e estaduais de fomento no financiamento dos diversos tipos de bolsas, dos editais de projetos e na distribuição de seus recursos entre as diversas áreas do conhecimento. A partir das deliberações do 30º Congresso, o ANDES-SN deverá reivindicar a mais completa transparência nos atuais procedimentos das agências de fomento, insistindo, em particular, na divulgação pública dos critérios de avaliação dos Comitês de Área do CNPq.
Considerando que a comunicação é central, tanto para enfrentar os ataques contra o ANDES-SN, quanto para a sua consolidação entre os docentes das instituições de ensino superior, o 30º Congresso aprovou o Plano de Comunicação do Sindicato, entendendo ser fundamental a sua implementação para ampliar a interlocução do Sindicato com a sociedade e a exposição e divulgação de suas políticas.
Em relação aos Planos de Lutas específicos a serem desenvolvidos pelos Setores do ANDES-SN, o 30º Congresso deliberou para o Setor dos docentes das IEES e IMES a rearticulação ou a criação de Fóruns Estaduais e Municipais, congregando as entidades representativas da comunidade universitária, para ampliar o trabalho de base e fortalecer as reivindicações da categoria e o apoio do ANDES-SN às campanhas salariais desenvolvidas em cada Estado e às lutas pelo financiamento público, por concursos públicos, pelo regime de tempo integral/Dedicação Exclusiva e contra todas as formas de precarização do trabalho docente.
Em relação ao Setor dos docentes das IFES, o 30º Congresso aprovou a intensificação da ação da CNESF para fortalecê-la como espaço organizativo de luta dos SPF, enfatizando a perspectiva de construção de uma proposta de política salarial dos SPF, a luta contra o congelamento salarial proposto no PLP 549/2009 e a exigência do processo de negociação para aplicar as determinações da Convenção 151 da OIT. Aprovou, também, a atualização da Pauta de Reivindicações dos docentes das IFES e a Proposta de Projeto de Lei de Reestruturação da Carreira Docente das Instituições Federais de Ensino, bem como a agenda de lutas pela aprovação e implantação da Carreira de Professor Federal.
Com referência ao Setor dos docentes das IPES, o 30º Congresso reafirmou o apoio incondicional aos docentes das Instituições de Ensino Particular e às suas lutas, rechaçou toda e qualquer forma de cerceamento de liberdade de organização sindical e declarou a importância desses docentes como parte da Universidade Brasileira. Com o intuito de defender os direitos de organização dos docentes, o 30º Congresso procedeu a alterações no seu Estatuto, de modo a acolher Associações de Docentes cujas finalidades sejam a promoção e a defesa da qualidade de vida e de trabalho, dos interesses sociais e culturais de seus associados. Revigora-se o Sindicato e fortalece-se a luta pelos docentes nele organizados.
O 30º Congresso referendou a participação do ANDES-SN na frente de luta que congrega os Servidores Públicos Federais – a CNESF, indicou a constituição de um Fórum que reúna todos os setores dos movimentos sindical, popular e de luta contra as opressões, e que estejam dispostos a organizar a resistência dos trabalhadores contra a cassação de direitos sociais expressos nas diferentes reformas governamentais, além de reafirmar sua participação na construção de um polo classista e de luta. Nesse aspecto, o 30º Congresso deliberou pela filiação do ANDES-SN à Central Sindical Popular – CSP-Conlutas, estabelecendo o prazo de um ano para proceder a um balanço criterioso do processo de reorganização em relação à Central, tendo por referência as resoluções do ANDES-SN como estratégia, natureza e unidade do campo combativo e classista.
O 30° Congresso expressou seu reconhecimento a todos os protagonistas de lutas e conquistas que o fizeram ser um Sindicato de referência nacional, pelo seu exemplo de luta, democracia e autonomia e, para tanto, deliberou que o seu Centro de Documentação passasse a ser intitulado “CEDOC – Professor Osvaldo de Oliveira Maciel”. O 30º Congresso registrou o revigoramento do Sindicato Nacional em razão da participação de muitos professores recém-contratados como delegados de Seções Sindicais, bem como a homologação de novas Seções Sindicais.
A análise desses trinta anos de história do ANDES-SN revela o quanto o nosso sindicato tem contribuído para a luta em prol de uma educação pública e gratuita, pelo desenvolvimento democrático do nosso país e, sobretudo, na construção de caminhos para o estreitamento das relações dos trabalhadores em uma perspectiva social, classista, democrática e libertadora. O 30º Congresso do ANDES-SN reafirmou, em razão de sua história, esse compromisso com os professores e professoras, com a Universidade Pública, Autônoma, Democrática, de Qualidade e Socialmente Referenciada e com todas as organizações autônomas e classistas que lutam, com autonomia e independência, por uma sociedade comprometida com as aspirações dos trabalhadores.
Uberlândia, 21 de fevereiro de 2011.
Fonte: www.andes.org.br
O 30º CONGRESSO do ANDES-SN, tendo como tema “Universidade Pública – Trabalho Acadêmico e Crítica Social”, realizou-se no período de 14 a 20 de fevereiro na cidade de Uberlândia/MG, bela e aprazível representante das tradições mineiras.
A abertura do evento foi marcada pelas emoções da comemoração dos 30 anos do Sindicato, com a presença de representações sindicais e entidades da sociedade civil. Guardando relação com a conjuntura internacional, causou forte impacto, na abertura, a apresentação do relato sobre as lutas pela liberdade, pela democracia e pelos direitos humanos universais dos povos árabes, com especial destaque para a luta dos jovens e dos trabalhadores do Egito.
Os 292 delegados e os 41 observadores, representando os docentes de 61 Seções Sindicais, e 2 convidados, reafirmaram a sua disposição de defesa do Sindicato, estabelecendo como Centralidade da Luta em 2011: Defesa do ANDES-SN como instrumento dos docentes na construção da universidade pública e das condições de trabalho, a partir da intensificação do trabalho de base na categoria, fortalecendo e ampliando a unidade com o movimento classista e autônomo.
Com base nesses eixos centrais, o 30º Congresso do ANDES-SN definiu suas Políticas e o Plano de Lutas para o ano em curso, destacando a construção de uma estratégia de intervenção no processo de elaboração do PNE, em articulação com entidades da educação, tendo como referência o PNE da Sociedade Brasileira, que estabelece 10% do PIB para a educação. Também se posicionou incisivamente contra o “pacote de autonomia” do governo federal e seus congêneres nos Estados, os quais, na contramão da construção da universidade pública, desrespeitam a autonomia universitária, favorecem as fundações privadas ditas de apoio, e adotam práticas que distorcem a função social da universidade e o exercício do magistério, tendo como consequência a precarização do trabalho docente.
O 30º Congresso enfatizou a luta permanente em defesa dos direitos dos aposentados, reafirmando sua posição pela aposentadoria integral e isonomia entre ativos e aposentados e contra a reforma da previdência, que retira direitos, além de favorecer os fundos de pensão, corolário da reforma que só privilegia os grupos econômicos do capitalismo financista. O Congresso indicou ainda a necessidade de organizar a luta para assegurar todos esses direitos quando da transposição da carreira docente.
Tendo em vista o conteúdo da MP 520, que privatiza os hospitais universitários, fere a autonomia das universidades e entrega o atendimento à saúde à sanha de interesses econômicos, o 30º Congresso reiterou a importância de se consolidar o SUS como um sistema de saúde pública de qualidade ao rejeitar veementemente esse instrumento legal pelo qual é criada a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
O 30º Congresso, levando em conta os reduzidos recursos, o viés privatista e os interesses de mercado na área de ciência e tecnologia, deliberou que o ANDES-SN deve envidar esforços para construir, com as entidades científicas, sindicais, movimentos sociais e estudantis, um percentual mínimo do PIB – composto exclusivamente por recursos públicos – a ser aplicado anualmente em ciência e tecnologia e realizar um seminário sobre pesquisa, ciência e tecnologia. Além disso, o Congresso aprovou a organização, em articulação com os setores acadêmicos e sociais envolvidos, de amplo debate acerca dos critérios para aplicação das agências federais e estaduais de fomento no financiamento dos diversos tipos de bolsas, dos editais de projetos e na distribuição de seus recursos entre as diversas áreas do conhecimento. A partir das deliberações do 30º Congresso, o ANDES-SN deverá reivindicar a mais completa transparência nos atuais procedimentos das agências de fomento, insistindo, em particular, na divulgação pública dos critérios de avaliação dos Comitês de Área do CNPq.
Considerando que a comunicação é central, tanto para enfrentar os ataques contra o ANDES-SN, quanto para a sua consolidação entre os docentes das instituições de ensino superior, o 30º Congresso aprovou o Plano de Comunicação do Sindicato, entendendo ser fundamental a sua implementação para ampliar a interlocução do Sindicato com a sociedade e a exposição e divulgação de suas políticas.
Em relação aos Planos de Lutas específicos a serem desenvolvidos pelos Setores do ANDES-SN, o 30º Congresso deliberou para o Setor dos docentes das IEES e IMES a rearticulação ou a criação de Fóruns Estaduais e Municipais, congregando as entidades representativas da comunidade universitária, para ampliar o trabalho de base e fortalecer as reivindicações da categoria e o apoio do ANDES-SN às campanhas salariais desenvolvidas em cada Estado e às lutas pelo financiamento público, por concursos públicos, pelo regime de tempo integral/Dedicação Exclusiva e contra todas as formas de precarização do trabalho docente.
Em relação ao Setor dos docentes das IFES, o 30º Congresso aprovou a intensificação da ação da CNESF para fortalecê-la como espaço organizativo de luta dos SPF, enfatizando a perspectiva de construção de uma proposta de política salarial dos SPF, a luta contra o congelamento salarial proposto no PLP 549/2009 e a exigência do processo de negociação para aplicar as determinações da Convenção 151 da OIT. Aprovou, também, a atualização da Pauta de Reivindicações dos docentes das IFES e a Proposta de Projeto de Lei de Reestruturação da Carreira Docente das Instituições Federais de Ensino, bem como a agenda de lutas pela aprovação e implantação da Carreira de Professor Federal.
Com referência ao Setor dos docentes das IPES, o 30º Congresso reafirmou o apoio incondicional aos docentes das Instituições de Ensino Particular e às suas lutas, rechaçou toda e qualquer forma de cerceamento de liberdade de organização sindical e declarou a importância desses docentes como parte da Universidade Brasileira. Com o intuito de defender os direitos de organização dos docentes, o 30º Congresso procedeu a alterações no seu Estatuto, de modo a acolher Associações de Docentes cujas finalidades sejam a promoção e a defesa da qualidade de vida e de trabalho, dos interesses sociais e culturais de seus associados. Revigora-se o Sindicato e fortalece-se a luta pelos docentes nele organizados.
O 30º Congresso referendou a participação do ANDES-SN na frente de luta que congrega os Servidores Públicos Federais – a CNESF, indicou a constituição de um Fórum que reúna todos os setores dos movimentos sindical, popular e de luta contra as opressões, e que estejam dispostos a organizar a resistência dos trabalhadores contra a cassação de direitos sociais expressos nas diferentes reformas governamentais, além de reafirmar sua participação na construção de um polo classista e de luta. Nesse aspecto, o 30º Congresso deliberou pela filiação do ANDES-SN à Central Sindical Popular – CSP-Conlutas, estabelecendo o prazo de um ano para proceder a um balanço criterioso do processo de reorganização em relação à Central, tendo por referência as resoluções do ANDES-SN como estratégia, natureza e unidade do campo combativo e classista.
O 30° Congresso expressou seu reconhecimento a todos os protagonistas de lutas e conquistas que o fizeram ser um Sindicato de referência nacional, pelo seu exemplo de luta, democracia e autonomia e, para tanto, deliberou que o seu Centro de Documentação passasse a ser intitulado “CEDOC – Professor Osvaldo de Oliveira Maciel”. O 30º Congresso registrou o revigoramento do Sindicato Nacional em razão da participação de muitos professores recém-contratados como delegados de Seções Sindicais, bem como a homologação de novas Seções Sindicais.
A análise desses trinta anos de história do ANDES-SN revela o quanto o nosso sindicato tem contribuído para a luta em prol de uma educação pública e gratuita, pelo desenvolvimento democrático do nosso país e, sobretudo, na construção de caminhos para o estreitamento das relações dos trabalhadores em uma perspectiva social, classista, democrática e libertadora. O 30º Congresso do ANDES-SN reafirmou, em razão de sua história, esse compromisso com os professores e professoras, com a Universidade Pública, Autônoma, Democrática, de Qualidade e Socialmente Referenciada e com todas as organizações autônomas e classistas que lutam, com autonomia e independência, por uma sociedade comprometida com as aspirações dos trabalhadores.
Uberlândia, 21 de fevereiro de 2011.
Fonte: www.andes.org.br
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