sábado, 21 de agosto de 2010

Novo Estatuto na Uniplac

Uniplac conta com um novo estatuto Lages, 19/08/2010, Correio Lageano


A Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) apresenta sinais de melhora financeira, desde o início da intervenção em 2008.

Esta semana, com a homologação de seu novo estatuto, a instituição ganha uma nova ferramenta administrativa.

A juíza de Direito substituta, Mônica Grisólia de Oliveira, afirma que com o estatuto a expectativa é que a intervenção cesse o mais rápido possível.

“Os salários atrasados já estão sendo pagos e estão sendo feitos acordos para sanar as dívidas bancárias”, diz. Ela ressalta que o estatuto foi um grande passo para a Universidade.

O estatuto prevê a instalação dos Conselhos de Administração e Fiscal. Durante o prazo de instalação dos conselhos e, após instalados, por mais 60 dias, o Conselho de Administração deverá ser presidido pelo interventor, que poderá nomear o diretor executivo.

Após a instalação, os conselhos deverão elaborar o regimento interno, obedecidas as disposições do novo estatuto, em até 30 dias.

No mesmo prazo, os conselhos deverão eleger seus presidentes, sendo que o presidente eleito do Conselho de Administração tomará posse depois de um mês.

Após a posse, o presidente eleito exercerá suas funções livremente, contudo deverá submeter-se ao interventor por seis meses.

Após este período, o interventor permanecerá assistindo o Conselho de Administração, podendo nos casos que entender necessário, requerer a intervenção judicial.

“Nesse prazo poderei intervir nas decisões em que achar necessária”, explica o atual interventor, Walter Manfrói.

O interventor avalia que se tudo ocorrer bem, a Uniplac deverá até o final do ano encerrar o período de intervenção.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

AUDIÊNCIA PÚBLICA EM DEFESA DAS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS

*19 de agosto, 18h30, no Auditório Antonieta de Barros * *Assembléia Legislativa de Santa Catarina *

Em Santa Catarina, a repressão às manifestações públicas dos cidadãos, particularmente aos movimentos sociais organizados, se torna cada vez mais violenta e freqüente. Trabalhadores rurais são ameaçados de expulsão e despejados de terras que poderiam ser suas por direito. Empresários contratam jagunços que ameaçam idosos, mulheres e crianças. O Estado, ao invés de impedir tais situações, usa da polícia para reforçá-la, como ocorreu recentemente em Taió e Imbituba. Estudantes de Florianópolis há mais de cinco anos lutam contra o aumento da tarifa e pelo passe livre. A tarifa hoje de R$2,95 (em dinheiro) e R$2,38 impossibilita inúmeras famílias pobres enviar todos os seus filhos para escola e garantir outros elementos de subsistência. No entanto, a prefeitura utiliza todo o aparato policial para reprimir os estudantes e assim garantir o lucro das empresas do setor de transportes. Em 2010 mais de 20 presos (que sofrem inquéritos), com a UDESC e a UFSC invadidas. Essa realidade se repete todos os anos e nada acontece aos responsáveis por arbítrios que nos lembram a Ditadura Militar. Em algumas empresas, os trabalhadores organizam chapas para seus sindicatos na clandestinidade, sofrendo com pressões de todas as ordens, inclusive de jagunços. O direito de greve não tem sido respeitado, pois sempre que elas acontecem os diretores dos sindicatos são processados. Acordos, mesmo assinados, não são cumpridos. Inclusive os policiais sofrem repressão. Desde dezembro de 2008, 21 praças, participantes da APRASC, foram expulsos da PM por lutar por melhores condições de vida. Uma lei nacional anistia a eles e a outros no Brasil, mas o governo de Santa Catarina se nega em cumpri-la. Em 2009 o Comandante da PM da Capital afirmou publicamente: “/eu combato os movimentos sociais/”. Ele continua no posto.

Presidente da Aprasc é excluído da Polícia Militar pelo comandante-geral

O presidente em exercício da Aprasc, sargento Manoel João da Costa, foi excluído pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Luiz da Silva Maciel, no final da tarde desta sexta-feira, 13, por causa da participação no movimento reivindicatório de dezembro de 2008. Para o sargento J. Costa, o ato do comandante é um desrespeito ao Decreto 3.433, assinado pelo governador Leonel Pavan no dia 3 de agosto desse ano, que suspende os processos administrativos em andamento, e a Lei da Anistia (Lei Federal nº 12.191/2010). “O coronel está desrespeitando a vontade do governador, que é o chefe supremo da Polícia Militar, de apaziguar a situação na corporação e anistiar os praças acusados injustamente”, critica.

O próprio comandante havia publicado nota, no dia seguinte ao decreto, em que garantia o retorno à normalidade das atividades dos policiais acusados nos processos referentes a dezembro de 2008.

A medida do comandante da PM vai na contramão da decisão do governador e do entendimento da Justiça estadual, que já determinou a reintegração de três policiais militares expulsos injustamente.

A decisão foi comunicada à assessoria jurídica da Aprasc, no final da tarde, depois que o comandante negou recurso. Logo, a portaria de exclusão deve ser publicada no Boletim do Comando Geral (BCG) e o presidente da Aprasc vai ter que passar por exame médico antes de assinar sua exclusão.

Ele é o 22º policial militar expulso da corporação por participar de manifestação reivindicatória. J. Costa está aposentado (reserva remunerada) desde abril de 2008. Ele ingressou na Polícia Militar em 12 de maio de 1981 e trabalhou em diversos setores.

Fonte: Aprasc