sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Federalização da Furb é defendida pelo deputado Sargento Soares

04/10/2011 Alexandre Silva Brandão

Download da foto em alta resolução O movimento Furb Federal protagonizou mais um capítulo da luta pela federalização da Fundação Universidade Regional de Blumenau. A comunidade lotou o auditório do legislativo municipal para dizer aos deputados estaduais e federais, vereadores e demais autoridades o desejo quase unânime da região: a transformação da Furb em uma nova universidade através da federalização.

Um telão foi instalado na praça para comportar todos os estudantes, que chegaram na Câmara de Vereadores em marcha desde o campus da Furb. A audiência foi realizada na noite de segunda-feira 03/10 por iniciativa da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.

O deputado Sargento Amauri Soares participou da audiência e deixou sua solidariedade à constituição de uma universidade pública, gratuita e de qualidade: “Fica nosso apoio e compromisso à expansão do ensino superior público e gratuito no Vale do Itajaí através da federalização”, discursou. Natural da região, de Imbuia, Soares falou da dificuldade da população de fazer universidade pública na Capital e defendeu a expansão de campi para outras cidades como Rio do Sul, Brusque e Indaial.

Presidente da Associação de Praças (Aprasc), Soares também endossou o apoio da entidade à federalização da Furb, inclusive com a atuação direta do ex-vereador de Blumenau e ex-vice presidente regional da associação Armindo Maria.

O parlamentar também elogiou a mobilização de estudantes e professores e destacou “o vigor e a força do movimento estudantil de dizer as coisas como devem ser”. Além dos alunos da Furb, Estiveram presentes na audiência estudantes da UNE, UCE e DCEs, da Furb, da Univille e da Udesc de Joinville.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau, Tulio Vidor, a formalização do movimento Furb Federal tem 10 anos de existência, mas a reivindicação é muito mais antiga. “Não é uma pauta corporativa, mas cidadã”, afirma o sindicalista. Com a federalização, defende Vidor, a universidade vai poder investir, com financiamento do Estado, no tripé ensino, pesquisa e extensão. Hoje, o desenvolvimento da universidade esbarra no limite financeiro das mensalidades.

UFVI

O Projeto de Lei 7287/2010, de autoria do ex-senador Leonel Pavan, de criação da Universidade Federal do Vale do Itajaí tramita na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e aguarda parecer.

O reitor da universidade, João Natel Pollonio Machado, confirmou na audiência a destinação de R$ 14 milhões e a ativação de 500 vagas. Ele convocou as autoridades do Estado a transformar a luta pela Furb Federal em uma causa de Santa Catarina. “Quero deixar claro que não vejo mobilização da bancada catarinense no Congresso Nacional”, afirmou. Segundo ele, a velocidade do processo depende de dois fatores: a força dos políticos em Brasília e a mobilização de Santa Catarina.

Propositor da audiência, o deputado federal Pedro Uczai defendeu a destinação de “pelo menos” R$ 100 milhões para consolidar a nova universidade, através da vinculação no Plano Plurianual (PPA).

A Furb leva vantagem para conquistar a federalização entre as demais universidades comunitárias porque sua natureza jurídica é de “direito público”, enquanto as demais instituições do Sistema Acafe são de “direito privado”, apesar de todas terem sido criadas pelo poder público.

Encaminhamentos

1- Aprovar projeto de lei na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados;
2- Promover articulação junto ao MEC;
3- Defender a transferência dos estudantes, a cedência dos trabalhadores e a cessão do patrimônio para a nova universidade;
4- Considerar a UFSC bem vinda à Blumenau, mas não como campus, e sim como tutora da nova universidade federal multi-campi;
5- Buscar engajamento da bancada catarinense no Congresso Nacional para conquistar vinculação da criação da nova universidade no PPA.

* A Adessc manifesta seu apoio a esta luta, por entender que todas as instituições do Sistema ACAFE são públicas e que o caminho para solucionar a crise do Sistema ACAFE passa por torná-las plenamente públicas e gratuitas com apoio do Estado e da União.