Estácio vai pagar R$ 1 milhão para oito pessoas
Antigamente, bônus significava um prêmio pelo desempenho de gerentes ou executivos de uma empresa. Atualmente, conforme a norma criada nos EUA, é uma cláusula contratual que iguala os competentes aos incompetentes. Até o momento, ninguém falava desse tipo de remuneração no Brasil, mas uma mensagem eletrônica enviada por um funcionário a João Uchoa Cavalcanti, fundador das faculdades Estácio de Sá, mostra que o novo controlador GP Investiment, com esse tipo de remuneração, criou um sistema de castas dentro da instituição.
A mensagem começa assim: "Na semana passada, todos os gestores, executivos, coordenadores e professores foram informados que não seriam distribuídos bônus a ninguém porque não foram atingidas as metas mínimas. Ficamos tristes, muito tristes. Mas nem tanto quanto alguns dos novos funcionários que estão acostumados com este modelo de remuneração agressivo e perverso que arruinou a economia global".
E prossegue: "Como estamos infiltrados em toda organização para defender a nossa Universidade Estácio de Sá, descobrimos no Departamento de Pessoal que oito funcionários (...) vão receber bônus que totalizam mais de R$ 1 milhão. Se nós que construímos a Unesa não conseguimos resultados, o correto é não pagar nada para ninguém. Isto é um escândalo!"
No ano passado, a Estácio teve um lucro de R$ 37,63 milhões, o que significou um aumento de 37,79% sobre o do exercício anterior. Mas ninguém sabe quais as metas estabelecidas para proporcionar pequenas bonificações aos funcionários.
Informações irrelevantes sobre a Estácio
O controle acionário da Estácio Participações está dividido entre a Uchôa Cavalcanti Participações, que tem 52,18% do capital votante e 20% das preferenciais, e a Moena Participações, subsidiária integral da GP Investments, que tem apenas 20% das ações ordinárias e o poder de mando na companhia. A companhia possui um free float de 27,82%, dividido entre 11.182 pessoas físicas e 293 jurídicas.
Outras informações sem sentido sobre a Estácio
Em termos de diretoria, a Estácio lembra um pouco o Senado, pois é uma empresa de participações que tem seis diretorias e com nomes significativos, como Diretoria de Gente e Gestão, comandada por Miguel Filisbino Pereira de Paula; de Mercado, por Antônio Higino Viegas; de Ensino, por Rubens Luiz Zenóbio de Vasconcellos; de Planejamento Econômico e Operacional, por Rogério Frota Melzi; de Operações, por Jessé de Holanda Cordeiro; e a Financeira e de Relações com Investidores, por Lourival Nogueira Luz Junior. A remuneração mensal dessas diretorias é R$ 150 mil.
Fonte: Colunista N. Priori, Jornal Monitor Mercantil reproduzido pelo site do Sinpro RJ
segunda-feira, 13 de abril de 2009
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