Convidamos os colegas professores para a defesa de tese do professor Maurício José Siewerdt
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Maurício José Siewerdt
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DO SISTEMA ACAFE E AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA: O TRABALHO DOCENTE NOS (DES)ENCONTROS ENTRE O PROCLAMADO E A PRAXIS
Banca Examinadora
Prof. Dr. Lucídio Bianchetti. (Orientador)
Universidade Federal de Santa Catarina
Prof. Dr. Valdemar Sguissardi. (Examinador)
Universidade Metodista de Piracicaba
Prof. Dr. Vidalcir Ortigara. (Examinador)
Universidade do Extremo Sul Catarinense
Prof. Dr. Paulo Sérgio Tumolo. (Examinador)
Universidade Federal de Santa Catarina
Profª. Dra. Ione Ribeiro Valle. (Examinadora)
Universidade Federal de Santa Catarina
Prof. Dr. Jaime Giolo. (Suplente)
Universidade Federal da Fronteira Sul
Profª. Dra. Patrícia Laura Torriglia. (Suplente)
Universidade Federal de Santa Catarina
LOCAL E DATA: 01/07/2010
Sala 618 do CED/UFSC
Florianópolis
2010
RESUMO
Nesta tese apresento os resultados de um estudo sobre os efeitos do modelo de gestão das Universidades da Associação Catarinense das Fundações Educacionais – ACAFE sobre o trabalho de seus docentes. Fenômeno emergente a partir da década de 1960 em Santa Catarina, a ACAFE foi protagonista na expansão do ensino superior neste Estado. A alternativa encontrada pela classe dominante catarinense para a reprodução da força de trabalho em nível superior foi por meio do ensino pago, e com professores subordinados ao regime de trabalho celetista em instituições municipais fundacionais públicas de direito privado, aglutinadas em torno da ACAFE. Procurou-se responder à seguinte questão: admitindo-se que possamos trocar uma suposta mercadoria educação por uma mercadoria dinheiro, é possível este intercâmbio particular escapar, volitiva e autonomamente, à lógica das relações mercantis em geral? Como eixo teórico foi empregado o conceito de autonomia relativa em György Lukács como contraposição às crenças na volitividade do individualismo burguês e sua razão pragmática. Defendo a tese que o trabalho docente nas Fundações do Sistema ACAFE é determinado por uma herança articulada à crença, do poder econômico e político regional, na eficiência do modelo empresarial da administração e gerenciamento destas IES, e que resultaria da agilidade e flexibilidade interna e externa em bases auto-sustentáveis. Entretanto, com a concessão desenfreada para a implantação de IES particulares pelo CNE a partir da década de 1990, implicando no aumento da concorrência intra setorial, as IES ACAFE, que gozavam até então do monopólio da oferta de seus serviços, acabaram subordinadas à Lei do Valor; nestas condições, a relativa autonomia administrativa às legalidades do ser do capital é, necessariamente, inversamente proporcional à realização da autonomia da instituição e da atividade docente. Conclui-se que esta concorrência põe tanto os dirigentes, quanto os professores, das IES ACAFE na condição de reféns do mercado, implicando na exacerbação da customização dos serviços e na intensificação do já precário estado do trabalho docente.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
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